A campanha SAÚDE SIM, VIOLÊNCIA NÃO! lançada pela Federação Paulista dos Trabalhadores da Saúde, em parceria com o Sinsaúde, foi apresentada oficialmente nesta quarta-feira, 26, aos 80 diretores do Sindicato que participaram do segundo dia da reunião da Diretoria Plena no Hotel Estância Atibainha, em Nazaré Paulista.
A campanha foi criada por causa dos crescentes casos de violência física, moral e psicológica contra trabalhadores da saúde. O objetivo é conscientizar a população que os profissionais estão nos hospitais, clínicas, laboratórios e outros estabelecimentos, contribuindo com a saúde e o bem-estar de todos e não são responsáveis pelas falhas no atendimento.
A gestora de Comunicação do Sinsaúde, Sirlene Nogueira, apresentou a campanha e aproveitou para fazer uma enquete junto aos diretores solicitando que levantasse a mão aquele que já sofreu algum tipo de violência no local de trabalho. A maioria dos profissionais de saúde levantou a mão. “A campanha precisa do envolvimento de todos os diretores do Sindicato, pois precisamos mostrar à sociedade que o trabalhador da saúde está para ajudar e não pode sofrer qualquer tipo de violência”, explicou Sirlene.
Pesquisa do Coren-SP (Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo), feita em 2023, aponta que 80% dos trabalhadores já sofreram algum tipo de violência psicológica, moral ou física de pacientes ou acompanhantes e quase a metade dos entrevistados mais de uma vez. Tapas, socos, empurrões, agressões verbais e psicológicas foram registrados em muitas unidades.
O presidente do Sinsaúde e também da Federação Paulista da Saúde, Edison Laércio de Oliveira, disse que a intenção da campanha, que acontece em nível estadual, é que a insatisfação com a ineficiência dos serviços, como demora no atendimento, falta de médicos e medicamentos, entre outros, não seja descontada nos trabalhadores, que são a linha de frente dos cuidados tanto no setor público quanto privado e filantrópico.
“Ao contrário, são eles que seguram com as mãos todas as falhas”, disse. Edison orientou aos diretores que iniciem movimentos em suas cidades para mostrar à população que o trabalhador da saúde não tem culpa pelos atrasos, longas esperas ou falta de medicamentos. “Vamos procurar as câmaras municipais, prefeitos, secretários de Saúde, conselhos municipais, realizar audiências públicas, pedir apoio das instituições, empresas e chamar os trabalhadores para que relatem suas experiências”.
O presidente da Subsede do Sinsaúde em Limeira, Leandro Barreto, cidade onde aconteceram casos recentes de agressão a trabalhadores da saúde em hospitais, destacou que também é papel do Sindicato acolher o profissional vitimado. “Precisamos dar toda assistência a ele, principalmente a psicológica, devido ao trauma sofrido. Também é importante que ele faça um Boletim de Ocorrência do ocorrido”, disse.
A campanha
Sirlene explicou que a mensagem “SAÚDE SIM, VIOLÊNCIA NÃO!” será amplamente divulgada na imprensa, redes sociais, flyers, botons, cartazes e mensagens em hospitais. Também serão divulgados vídeos com depoimentos de profissionais que sofreram algum tipo de violência no trabalho. “Diretores do Sinsaúde farão mobilização nas unidades, distribuindo folhetos e botons, além de atos públicos contra a violência a profissionais da saúde”, conta.
De portas abertas
Nesta quinta-feira, dia 27, os diretores do Sinsaúde conheceram a campanha “Sinsaúde de portas abertas para o futuro”, que estabelece uma série de ações com o objetivo de fortalecer ainda mais o Sindicato e atrair os jovens para o sindicalismo.
Fonte: Sinsaúde Campinas e Região
