
												“Não adianta só reclamar. Pra mudar é preciso  lutar”, diz presidente da Federação que representa os trabalhadores da saúde
												Milhares de pessoas nas ruas viram de perto menos de 100  corajosos trabalhadores da saúde e alguns cidadãos voluntários na 3ª Passeata  Paulista da Saúde, realizada na manhã de sábado (10-05) pelas ruas de Jaú. O  movimento do Sindsaúde de Jaú pede melhores condições para os trabalhadores da  saúde, melhores condições de atendimento à população nos hospitais e uma saúde  mais digna.
	A Passeata Paulista da Saúde movimentou Jaú e mais 30  cidades do Estado de São Paulo. A população se uniu aos trabalhadores da saúde  para exigir respeito e valorização no setor da saúde. A presidente do Sindsaúde  de Jaú, Edna Alves, comentou que as pessoas costumam reclamar muito do  atendimento na saúde, mas não se mexem quando têm a oportunidade de protestar.  Foi o caso da passeata em Jaú, que reuniu poucas pessoas fora da categoria da  saúde.
“Numa cidade com milhares de casos de dengue, com  postinhos de saúde fechados no fim de semana, com pronto-socorro e hospitais  lotados e com todo mundo reclamando pelo Facebook era pra ter mais gente nas  ruas na passeata. Infelizmente as pessoas reclamam demais e agem pouco para  mudar o quadro caótico da saúde”, desabafa Edna.
De acordo com o presidente da Federação da Saúde do Estado de São Paulo,  Edison Laércio de Oliveira, a entidade está trabalhando para o crescimento  deste movimento, mas ainda é necessário mais mobilização dos trabalhadores e da  população para que a saúde seja melhorada.
“Nós nunca sabemos quando ficaremos doentes e vamos  precisar contar com o atendimento de um profissional da saúde. Queremos ser bem  atendidos e, para isso, é preciso haver qualidade de trabalho para estes  profissionais tão importantes para a manutenção da saúde. Entretanto, é preciso  haver participação ativa da população e mobilização da categoria. Não adianta  só reclamar. Pra mudar é preciso lutar”, alerta ele.
Em Jaú, convites foram feitos ao longo da semana por meio  de carro de som, jornal, rádio, TV, panfleto e jornais. Sábado, a categoria foi  às ruas para pedir jornada de 30 horas para o trabalhador da saúde, para pedir  o fim de jornadas abusivas nos hospitais, para pedir mais trabalhadores e mais  médicos nos hospitais... enfim, defender uma saúde melhor para todos nós.
Ao percorrer as ruas de Jaú, especialmente na região central, as pessoas saíram  das lojas para ver o movimento, quem estava nas calçadas parou para observar a  passeata. Alguns poucos aderiram. Mas muitas pessoas pareciam que vive no país  das maravilhas, já que reclamam do atendimento médico, mas não faz nada para  melhorar.
Quem foi às ruas para protestar e pedir melhorias para todos na saúde merece os  parabéns. Lutaram por todos. Valeu o movimento de luta. No fim da passeata, em  frente da Prefeitura de Jahu, a presidente do Sindsaúde, Edna Alves, agradeceu  a participação de todos, saudou os presentes e fez homenagem ao colega de  enfermagem que morreu dias atrás em Gália, Claudio Tavares, que estudou em Jaú,  formou-se enfermeiro e foi buscar uma oportunidade de trabalho. Ele foi  associado do Sindsaúde, antes de mudar de cidade.
Ainda antes do fim da passeata, o diretor Arlindo  Medeiros lembrou da colega Fátima Augusto, que morreu em fevereiro deste ano.  Ela sempre esteve junto nos movimentos do sindicato e, certamente, estaria com  a categoria nesta última passeata caso estivesse viva.
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