Em   uma cerimônia com prefeitos, num auditório lotado de convidados e   veiculação de dois filmes promocionais, o Ministério da Saúde divulgou   ontem (4) uma pesquisa encomendada à Universidade Federal de Minas   Gerais que reflete uma ampla aceitação da população ao Mais Médicos. O   estudo, feito em 200 cidades com 4 mil pessoas - o equivalente a 5% dos   municípios atendidos - mostra que 80% dizem estar satisfeitos com o   acompanhamento feito pelos médicos e 86% consideram que o atendimento   melhorou depois da chegada dos profissionais.
												
"O Programa Mais Médicos está garantindo mais acesso, mais   qualidade e mais humanização. Ele não é paliativo e não tem prazo de   validade", disse Chioro. O ministro, que apresentou um balanço com   números que já haviam sido divulgados sobre o programa, se irritou ao   ser questionado sobre as razões da reapresentação das estatísticas. "O   programa está completando um ano. É difícil para muita agente admitir   que ele está mudando a vida dos brasileiros", completou.
												
												
Questionado sobre eventuais aspectos negativos apontados pela   população na pesquisa, ele afirmou: "Foram poucos, apenas 1 ou 2% são   encontrados, como exames de especialidades."
												Lançado ano passado, o Mais Médicos é considerado como uma das   principais bandeiras eleitorais da presidente Dilma Rousseff em sua   campanha de reeleição. O programa, ofertado em 3.700 municípios e 34   Distritos Sanitários Indígenas, é formado especialmente por médicos   cubanos, recrutados numa cooperação com a Organização PanAmericana   (Opas). Eles representam 80% dos 14.400 médicos contratados para atuar   no programa.
												Cursos de medicina
													Além da divulgação da   pesquisa, o governo anunciou os resultados da primeira etapa do edital   lançado ano passado para ampliar os cursos de Medicina no País - um   outro braço do Mais Médicos. O MEC informou que 39 municípios - alguns   deles em regiões metropolitanas, como Osasco, Mauá, Guarulhos e São   Bernardo do Campo - foram selecionados na primeira etapa. Na próxima   semana, serão definidos critérios para que as instituições de ensino   superior interessadas em abrir escolas de medicina nas cidades apontadas   sejam selecionadas. O ministro da Educação, Henrique Paim, afirmou não   haver prazo definido para que os cursos efetivamente comecem a   funcionar. Ainda durante a cerimônia, o governo informou que foram   autorizadas, de 2012 para cá, a criação de 2.199 vagas de cursos de   Medicina. O MEC não sabe, no entanto, quantas dessas vagas já foram   efetivamente abertas.